No fim de uma tarde no ano de 1947, em uma região a noroeste do Mar Morto, um animal subiu os rochedos de Qumran e desapareceu da vista de seu pastor. Quando chegou a noite, o pastor das cabras precisava reunir o rebanho para voltar ao acampamento. Depois de procurar pelo sua cabrinha e não ter achado, viu dois buracos na pedra. Eram cavernas. Se o bicho estivesse escondido ali, não seria fácil recuperá-lo. As aberturas eram estreitas e ficavam nas partes mais acidentadas da montanha. O pastor, então, atirou uma pedra dentro de um dos buracos e ouviu um barulho de cerâmica se quebrando e chegou a pensar que pudesse ser um tesouro escondido, mas como era tarde da noite, voltou para sua aldeia e contou para seus primos o que tinha acontecido , com a intenção de voltar no dia seguinte.
No dia seguinte, um dos primos acordou bem cedinho e voltou até o lugar para ver se conseguia encontrar algum tesouro.
Com muito esforço, entrou por um dos buracos e caiu entre entulhos e estranhos jarros de barro. Alguns dos jarros estavam vazios, outros continham manuscritos em pergaminho ou pele de animal.
Por ele não ter encontrado nem ouro e nem pedras preciosas, voltou desiludido para o acampamento levando o que tinha encontrado.
Como os beduínos (árabes que moravam no deserto)eram analfabetos, não faziam idéia do que tinham em mãos.
Eles tinham em mãos nada mais nada menos do que todo os livros originais do Antigo Testamento da Bíblia.
Tentaram então vender os manuscritos em Belém, mas sem sucesso.
Até que depois de muitas tentativas fracassadas, conseguiram vender por 25 libras.
O material foi enviado para análise e comprovada sua autenticidade.
O dono então se mudou para os EUA até que foi então publicada no jornal religioso do Wall Street e o material que custou 25 libras, foi vendido por 250 mil dólares.
Os documentos, que entraram para a história como os Manuscritos do Mar Morto, são os registros mais antigos do Velho Testamento (inteiro, com exceção do Livro de Ester), mil anos mais antigo que a versão conhecida até aqueles dias.
Além disso, são uma fonte extraordinária de informação sobre a origem do cristianismo. Apenas um dos manuscritos encontrados pelos muçulmanos mede mais de 7 metros de comprimento. É uma cópia do Livro de Isaías, do Velho Testamento, escrita em aramaico e feita de pele de cabra por volta do ano 100 a.C. Até então, a mais antiga reprodução conhecida do Velho Testamento dos cristãos tinha sido escrita na Idade Média. O conteúdo das peças encontradas nas cavernas estava em perfeito estado de conservação, devido às condições climáticas do lugar e ao jarro de barro, que, pelo formato mais comprido, parecia feito sob medida para guardá-lo.
Os manuscritos tem ajudado a fornecer novos dados aos tradutores da bíblia de palavras em hebraico e grego que não tinham um sentido totalmente claro.
Não se sabe porque os manuscritos estavam escondidos em uma caverna. Talvez seja devido a uma revolução dos judeus , por volta de 70 d.C e a tentativa de esconder os documentos.
Mas agora, estes manuscritos que ficam guardados em um museu em Jerusalém ,estão sendo digitalizadas em alta resolução e em breve serão disponibilizados na internet. Além dos documentos poderemos também acessar as transcrições, traduções e bibliografia relacionada.
Pra mim , que acabei de ler 2 livros sobre a história de Paulo, fez todo sentido.
Estou louca pra ver!!
LEGAL!!! rs
Ahh! A foto abaixo é o manuscrito do Salmo
E a primeira foto lá em cima é da caverna onde foram encontrados os manuscritos
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